A hipocalcemia em vacas leiteiras é uma condição que pode ter sérios impactos na produção de leite e no bem-estar dos animais
A indústria de laticínios, juntamente com a cadeia leiteira, desempenham um papel fundamental na produção de alimentos em todo o mundo. No entanto, para garantir a produção sustentável de leite, é essencial manter a saúde do rebanho. Um problema comum que afeta vacas leiteiras é a hipocalcemia, também conhecida como febre do leite.
A hipocalcemia é um transtorno metabólico que afeta principalmente vacas no pós parto ou em até 72 horas após o parto. Ela ocorre devido a uma concentração reduzida de cálcio no sangue, o que pode prejudicar o funcionamento adequado do organismo do animal.
No dia do parto as vacas leiteiras têm uma grande demanda por cálcio, que é essencial para a formação do colostro, contração muscular, coagulação do sangue e função nervosa.
Porém, os mecanismos de regulação do cálcio no sangue ocorrem de forma mais lenta, não conseguindo atender as exigências do organismo da vaca e por isso ela não consegue se levantar após o parto.
Sintomas da Hipocalcemia
Os sintomas da hipocalcemia podem variar de leves a graves e incluem:
- Fraqueza muscular: isso pode resultar em tremores, dificuldade para se levantar ou até mesmo quedas.
- Hipomotilidade ruminal: a digestão e a absorção de nutrientes podem ser afetadas.
- Redução na produção de leite: as vacas com hipocalcemia frequentemente reduzem a produção de leite.
- Deficiência de apetite: As vacas podem parar de comer devido ao desconforto.
- Baixa temperatura corporal: a hipocalcemia pode levar a uma diminuição na temperatura corporal.
- Outros problemas de saúde: a imobilidade e o estresse podem levar a problemas de saúde adicionais, como retenção de placenta, por exemplo.
Prejuízos da Hipocalcemia
A hipocalcemia pode causar uma série de prejuízos tanto para o bem-estar do animal quanto para a produção de leite. Quando a vaca é acometida, essa condição pode resultar em:
- Redução na qualidade do leite: o baixo teor de cálcio no sangue pode levar à diminuição da qualidade do leite produzido.
- Custos com tratamento: o tratamento da hipocalcemia pode ser dispendioso, envolvendo o uso de suplementos de cálcio e cuidados veterinários.
- Aumento na taxa de mortalidade: nos casos mais graves, a hipocalcemia pode levar à morte da vaca.
Prevenção da Hipocalcemia em Vacas Leiteiras
A boa notícia é que a hipocalcemia pode ser prevenida com medidas adequadas. Aqui estão algumas estratégias de prevenção:
Dieta aniônica no pré-parto: certifique-se de que a dieta das vacas no pré-parto seja aniônica, para prevenir a queda de concentração de cálcio no sangue.
Manejo adequado do pré-parto: reduza o estresse pré-parto, proporcione um ambiente tranquilo para as vacas e garanta que elas tenham acesso a água limpa e de qualidade.
Monitoramento constante: esteja atento aos sinais de hipocalcemia, especialmente após o parto. Um acompanhamento regular do rebanho pode ajudar na detecção precoce.
A hipocalcemia em vacas leiteiras é uma condição que pode ter sérios impactos na produção de leite e no bem-estar dos animais. A prevenção é a chave para evitar essa doença, e isso envolve uma dieta adequada, manejo cuidadoso e acompanhamento veterinário regular. Conhecendo os sintomas e implementando medidas de prevenção, os produtores de leite podem garantir a saúde de seus rebanhos e manter a produção de leite de forma sustentável. Lembre-se de que um rebanho saudável é essencial para o sucesso de qualquer operação de laticínios.
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Autor:
Eduarda Viana – @dicasdazootecnista
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