A raça certa pode significar maior produtividade, melhor adaptação ao ambiente e, claro, mais lucratividade

O Brasil é um país com grande diversidade climática e geográfica, o que faz com que a escolha da raça leiteira seja uma decisão estratégica para o pecuarista. A raça certa pode significar maior produtividade, melhor adaptação ao ambiente e, claro, mais lucratividade. Neste texto vamos explorar as principais raças leiteiras utilizadas no Brasil e suas particularidades, ajudando você a escolher a que melhor se adapta às necessidades da sua fazenda.

 Holandesa

A raça Holandesa é, sem dúvida, a mais conhecida e utilizada no Brasil quando o assunto é produção de leite. Originária dos Países Baixos, essa raça é famosa por sua capacidade de produzir grandes volumes de leite. Os animais são de grande porte, com pelagem preta e branca (ou vermelha e branca), e são extremamente dóceis. Além disso, apresentam boa longevidade e fertilidade, desde que recebam um manejo adequado.

No entanto, a Holandesa é uma raça sensível ao calor e a parasitas, como os carrapatos. Por isso, seu potencial produtivo é melhor explorado em sistemas de confinamento com conforto térmico. Nos dias mais quentes, a produção de leite pode cair drasticamente se as vacas não estiverem em instalações bem ventiladas e equipadas com sistemas de aspersão.

Vaca Holandesa

Jersey

A Jersey é uma raça europeia originária da ilha de Jersey, entre a França e a Inglaterra. Embora seja de menor porte em comparação à Holandesa, a Jersey se destaca pela elevada produção de sólidos no leite, como gordura e proteína, o que é altamente valorizado na indústria de laticínios. Esses animais também são conhecidos por sua docilidade, alta precocidade e facilidade de parto.

Outra vantagem da Jersey é a maior tolerância ao calor em comparação à Holandesa, além de consumir menos matéria seca, o que reduz os custos com alimentação.

Vaca Jersey

Pardo Suíço

 Pardo Suíço é uma raça originária da Suíça, conhecida por sua rusticidade e resistência. Os animais têm porte grande e pelagem parda, além de cascos fortes e boa longevidade. Embora a produção de leite seja menor do que a das raças Holandesa e Jersey, o Pardo Suíço oferece uma boa produção de sólidos e é mais resistente às adversidades climáticas, o que o torna uma opção interessante para regiões com condições mais desafiadoras.

Vaca Pardo suiço

Gir

A raça Gir é uma raça zebuína originária da Índia, que se destaca por sua excelente adaptação ao clima tropical. Essa raça é altamente resistente ao calor e a parasitas, o que a torna ideal para sistemas a pasto em regiões quentes do Brasil. O leite produzido pelo Gir possui uma boa quantidade de sólidos e, em muitos casos, é do tipo A2, que é mais fácil de digerir para alguns consumidores.

Apesar dessas vantagens, a produção de leite do Gir é mais baixa em comparação às raças europeias, e a persistência da lactação também é menor. Além disso, algumas vacas necessitam do bezerro ao pé durante a ordenha, o que pode dificultar o manejo.

Girolando

O Girolando é uma raça híbrida brasileira, resultado do cruzamento entre a Holandesa e o Gir. O objetivo dessa combinação é aliar a alta produtividade da Holandesa com a rusticidade e adaptação do Gir. A raça é amplamente difundida no Brasil, com um padrão genético ideal de 5/8 Holandês e 3/8 Gir, segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando.

O Girolando é bem adaptado ao clima brasileiro, oferecendo boa produtividade e resistência às condições adversas. Essa combinação faz da raça uma das mais versáteis e utilizadas no país.

Vaca Girolando

Guzerá

A raça Guzerá é outra zebuína que merece destaque. Originária da Índia, essa raça é conhecida por sua rusticidade e adaptação ao calor. Além de produzir leite com alto teor de sólidos, o Guzerá é uma raça de dupla aptidão, sendo também utilizada para a produção de carne.

Os animais Guzerá são frequentemente cruzados com a Holandesa para formar a Guzolando, uma raça híbrida que ainda não tem a mesma expressividade que o Girolando, mas que também apresenta potencial.

Vaca Guzerá

Sindi

A Sindi é uma raça zebuína de pequeno porte, adaptada às regiões quentes e secas do Brasil, especialmente no Norte e Nordeste. Embora a produtividade leiteira do Sindi seja menor, sua rusticidade e resistência fazem dela uma opção viável para produtores em regiões com condições climáticas desafiadoras.

Vaca Sindi

A escolha da raça leiteira ideal depende de vários fatores, como o clima, o tipo de manejo, a infraestrutura disponível e os objetivos do produtor. Compreender as particularidades de cada raça é essencial para otimizar a produção de leite e maximizar os lucros da fazenda. Seja qual for a raça escolhida, o sucesso na pecuária leiteira está ligado a um bom planejamento e a um manejo adequado, que levem em consideração as necessidades específicas dos animais e as condições da propriedade.

Deseja receber e ler conteúdos exclusivos como esse em primeira mão?

Participe do nosso grupo de WhatsApp do Esteio Gestão.

Clique aqui e abra a porteira do conhecimento!

Ao clicar no link para ingressar em nosso grupo de WhatsApp, você está concordando em compartilhar seu contato para fins exclusivos de comunicação relacionada ao grupo, conforme autorizado pela Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018). Seu número será tratado com segurança e privacidade, em total conformidade com a legislação.

Autor:

Eduarda Viana

Zootecnista

Ficou curioso e quer aprender mais sobre pecuária?
Leia mais em: https://esteiogestao.com.br/blog/

Use um sistema que te permite acessar as informações a qualquer momento e em qualquer lugar.

Você é produtor e quer gerenciar o seu negócio de forma prática e rápida? Conheça as nossas soluções agropecuárias em: https://esteiogestao.com.br/produtos-servicos

Nos acompanhe nas redes sociais e fique por dentro de todas as novidades.

Deixe um Comentário