A adoção da linha de ordenha não apenas contribui para reduzir a disseminação de mastite, como também melhora a qualidade do leite
A mastite é um dos maiores desafios enfrentados na produção leiteira, afetando diretamente a saúde das vacas e o rendimento da propriedade. Seus impactos vão além do descarte de leite e do custo com tratamentos: ela compromete a glândula mamária e reduz de forma significativa a produção leiteira, dependendo da gravidade e do tipo de infecção envolvida.
Para conter o avanço da doença dentro do rebanho, uma das estratégias mais eficazes é a organização da linha de ordenha. Esse método consiste em estabelecer uma sequência para a ordenha das vacas com base na condição de saúde do úbere, com o objetivo de evitar que animais doentes transmitam a mastite para os sadios.
Mas para aplicar essa técnica com eficiência, o produtor precisa conhecer bem o estado sanitário de cada vaca. Nesse sentido, exames como a contagem individual de células somáticas (CCS) são essenciais. Valores abaixo de 200 mil células por mililitro de leite indicam vacas sadias. Já valores superiores apontam para possíveis infecções subclínicas. Outro exame complementar bastante útil é a cultura microbiológica, que revela o tipo de bactéria causadora da mastite, ajudando a avaliar o risco de contágio e a taxa de cura esperada.

Como montar uma linha de ordenha?
Com essas informações em mãos, o produtor pode montar uma linha de ordenha segura e eficiente, como no exemplo abaixo:
- Vacas primíparas (primeira lactação) sem histórico de mastite
- Multíparas que nunca apresentaram mastite
- Animais que tiveram mastite, mas já estão curados
- Vacas com mastite subclínica (alta CCS, sem sinais visíveis)
- Vacas com mastite clínica (com sinais visíveis de inflamação)
Quando possível, também é indicado separar vacas subclínicas de acordo com o patógeno envolvido. Isso é especialmente importante em casos de infecções causadas por bactérias de difícil controle, como o Staphylococcus aureus, que têm baixa taxa de cura e alto potencial de contaminação.
A adoção da linha de ordenha não apenas contribui para reduzir a disseminação de mastite, como também melhora a qualidade do leite. Ao ordenhar primeiro os animais sadios, evita-se o contato cruzado com agentes infecciosos, o que é benéfico principalmente para fazendas que trabalham com mais de um tanque de resfriamento e buscam bonificações por qualidade.
Para que essa prática funcione bem no dia a dia, o envolvimento da equipe é fundamental. É preciso capacitar os ordenhadores, garantir a identificação correta dos animais e manter a ordem da linha de ordenha visível e acessível a todos. Com esses cuidados, a linha de ordenha se torna uma ferramenta indispensável no controle da mastite e na busca por uma produção mais saudável, lucrativa e sustentável.
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Autor:

Eduarda Viana
Zootecnista
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