A produção de volumoso com qualidade é essencial para reduzir os custos com alimentação e aumentar a produtividade dos animais
A disponibilidade de alimentos durante o ano – principalmente as pastagens – é um dos obstáculos da pecuária, seja ela de corte ou leite. Com o objetivo de reduzir essa sazonalidade e evitar que falte alimento para o gado durante a época mais seca do ano, muitos produtores optam por conservar as forragens na forma de silagem, feno ou pré-secado, ou investir em irrigação e pastejo rotacionado para aumentar a produção do capim. Em ambos os casos é preciso conhecer alguns fatores que são determinantes para que o volumoso a ser produzido tenha qualidade e quantidade suficiente para atender a demanda da propriedade.
As forragens são fontes de vários nutrientes, principalmente de fibras, que são essenciais na dieta dos ruminantes. Por este motivo, quanto melhor for o volumoso utilizado na dieta, ou seja, quanto mais qualidade de fibra ele tiver, melhor será a seu aproveitamento pelos animais e, consequentemente, menor será o uso de ração concentrada para ajustar a dieta de acordo com as exigências nutricionais. Desta forma, o custo alimentar se torna mais baixo, pois a ração concentrada possui um custo mais alto do que os volumosos, por isso é necessário otimizar o uso dos volumosos para equilibrar os custos da dieta.
Além da redução de custo devido à menor necessidade do uso de concentrado, produzir volumoso na própria fazenda é mais barato do que comprar de terceiros, além do produtor poder controlar melhor todos os fatores que influenciam na qualidade da forrageira escolhida.
Como escolher a forrageira a ser plantada?
O primeiro passo é definir o tipo de volumoso que será produzido, se será silagem, feno, pré-secado, volumoso picado no cocho ou pastagem. Após, o produtor precisa observar as condições edafoclimáticas da propriedade, como clima, relevo, condições pluviométricas e tipo de solo. Desta forma, poderá escolher a forrageira mais adaptada para as condições da sua fazenda.
Após a escolha da forrageira, é imprescindível que se faça a análise do solo, para fazer a correção e a correta adubação. Além da adubação, os tratos culturais como controle de pragas e plantas daninhas garantem que a produtividade da forrageira seja maior, melhorando o seu desenvolvimento.
Saber o momento certo de colher a forrageira é outro fator importante que impacta diretamente na qualidade da fibra. Cada planta possui um momento ideal para ser colhida, onde a disponibilidade de nutrientes será mais bem aproveitada pelo animal.
No caso dos volumosos conservados, conhecer e executar adequadamente o processo de conservação também é um ponto crucial para garantir a qualidade da forragem. Tamanho adequado do corte, compactação, vedação e armazenamento são pontos-chaves para garantir um volumoso de qualidade.
Tipos de volumosos mais utilizados
Devido à extensão territorial do Brasil, inúmeras forrageiras são utilizadas para a alimentação animal, mas algumas se destacam, como:
-Silagens: A silagem é um alimento conservado por meio da fermentação anaeróbica, dentro de um silo, e é muito utilizada principalmente na pecuária leiteira. As silagens mais utilizadas são a de milho, sorgo, capim e cana-de-açúcar.
-Fenos: Também é um alimento conservado, mas o processo é diferente da silagem. A conservação ocorre por meio da desidratação da planta forrageira e logo após esse processo ela é armazenada em galpões cobertos.
-Pré-secado: é uma forma de conservação onde a planta sofre uma desidratação (porém menor do que ocorre no feno) e logo em seguida é envolta em plástico por uma máquina envelopadora.
-Capim picado no cocho: a cana-de-açúcar e o capim elefante são as forrageiras mais utilizadas para o fornecimento in natura no cocho. Também podem ser ensiladas a fim de reduzir a mão de obra com o corte e a picagem diários. São forrageiras de alta produtividade e muito bem aceitas pelos animais, porém com valor nutritivo mais baixo do que a silagem de milho, por exemplo.
Independente do tipo de volumoso escolhido, a produção com qualidade depende do manejo correto em todas as etapas, desde a adubação, tratos culturais, colheita, armazenamento e fornecimento. Assim, a produtividade será maior, a fibra terá mais qualidade e os custos com a alimentação serão menores.
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Autor:
Eduarda Viana
Zootecnista, criadora do perfil @dicasdazootecnista no Instagram.
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