As condições climáticas do verão afetam todo o rebanho, sendo um desafio para os animais e para o produtor

As características típicas do verão brasileiro—grande volume de chuvas, altas temperaturas, alta umidade do ar e muito calor—são necessárias para o crescimento e desenvolvimento das forrageiras, mas também são um desafio a parte para os pecuaristas, que precisam redobrar a atenção com a saúde dos animais nesta época.

Além dos prejuízos enormes causados pelo estresse térmico, principalmente sobre as vacas leiteiras, que reduzem a produção de leite e têm o sistema reprodutivo comprometido, as condições climáticas do verão afetam todo o rebanho e, consequentemente, o lucro do produtor.

O aumento da incidência de parasitas provoca uma série de enfermidades que acometem desde as bezerras até os animais adultos, provocando doenças, gastos com medicamentos e mão de obra e, em alguns casos, até a morte de alguns animais.

Além disso, o excesso de chuvas e a formação de barro nos piquetes, cochos e locais de descanso das vacas provocam um aumento considerável do número de casos de mastite na fazenda.

Por outro lado, os veranicos, que são fenômenos meteorológicos comuns no Brasil nesta época, também prejudicam a saúde dos animais. Durante o veranico as temperaturas se mantêm elevadas além do normal, junto com um sol intenso e muitos dias de estiagem. Nesses casos, as pastagens e as lavouras começam a secar, o consumo de forragem diminui, os animais perdem peso e podem se desidratar se não houver água em quantidade e qualidade disponível nos piquetes e barracões.

Vacas em poças de água e lama

Principais desafios para a saúde dos animais

Para que o produtor consiga minimizar os efeitos negativos do verão na saúde do rebanho é necessário conhecer os principais desafios que os animais enfrentam nesta época, além do estresse térmico e queda no desempenho. São eles:

  • Aumento na quantidade de parasitas, como carrapatos e moscas;
  • Aumento nos casos de doenças como a tristeza parasitária bovina, que pode ser transmitida tanto por carrapatos quanto por moscas. A babesiose é transmitida exclusivamente via carrapato enquanto a anaplasmose pode ser transmitida por moscas hematófagas também.
  • Aumento nos casos de mastite, provenientes do excesso de barro na fazenda e pelo aumento de moscas, já que alguns agentes causadores de mastite podem ser transmitidos de uma vaca para outra via moscas;
  • Aumento de doenças respiratórias em bezerros em aleitamento devido ao aumento da umidade das instalações;
  • Aumento nos problemas de infecção e inflamação do umbigo dos bezerros recém-nascidos, devido à alta umidade e grande quantidade de moscas;
  • Aumento de miíases;
  • Queda na imunidade devido ao calor.

Portanto, ter um bom protocolo sanitário que contemple vacinas, nutrição balanceada e boas práticas de manejo é fundamental para garantir a saúde do rebanho neste período de grandes desafios.

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Autor:

Eduarda - Autora do conteúdo Controle estratégico de carrapatos

Eduarda Viana

Zootecnista, criadora do perfil @dicasdazootecnista no Instagram.

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