Entenda a diferença entre estas duas práticas que visam recuperar pastagens degradadas
O Brasil possui, segundo dados da Embrapa, uma área total de pastagem de 150 milhões de hectares, dos quais 63,5% apresentam algum nível de degradação. Tendo em vista que temos o segundo maior rebanho bovino do mundo, sendo a maioria dos animais criados a pasto, a manutenção das pastagens deve ser uma prioridade nas propriedades.
A degradação das pastagens se caracteriza pela queda na produtividade da forrageira, perda do vigor, menor capacidade de recuperação após o pastejo, presença de plantas invasoras e até a completa exposição do solo. Tudo isso é extremamente prejudicial para os animais, para o produtor e para o meio ambiente, afetando a sustentabilidade da pecuária de todas as formas.
Apesar disso, existem práticas que são capazes de melhorar esse cenário e dentre elas estão a recuperação e a renovação das pastagens. É comum que as pessoas confundam o significado destes dois termos, e é por isso que vamos explicar cada um deles agora.
Recuperação x renovação
A recuperação da pastagem consiste no restabelecimento da produção da própria forrageira existente na área, ou seja, mantendo a mesma espécie ou cultivar. Após uma avaliação da área degradada, algumas alternativas podem ser implementadas, como:
- Aplicação de corretivos no solo;
- Adubação;
- Redução da taxa de lotação;
- Aplicação de herbicidas;
- Descompactação do solo;
- Ressemeadura da forrageira.
Já a renovação da pastagem consiste no restabelecimento da produção por meio da substituição da forrageira, isto é, introduzindo uma nova espécie ou cultivar na área.
O produtor pode utilizar herbicidas e tratos mecânicos para eliminar a forragem existente e logo após semear a nova forrageira, que deve ser escolhida com base nas particularidades que a propriedade apresenta.
Tanto a recuperação quanto a renovação podem ser feitas de forma direta, sem a utilização de culturas anuais, ou de forma indireta, quando se introduz uma cultura anual como milheto, sorgo forrageiro, milho, soja, etc. O objetivo é amortizar os custos até que se possa utilizar o pasto recuperado ou renovado.
Independente da prática a ser adotada, o planejamento deve ser muito bem executado, assim como o diagnóstico com informações da propriedade, da região e da forrageira a ser trabalhada, para se obter os melhores resultados.
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Autor:
Eduarda Viana
Zootecnista, criadora do perfil @dicasdazootecnista no Instagram.
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