Estar preparado para a estação seca exige ações antecipadas e estratégicas
A estação seca é um período desafiador para os pecuaristas, trazendo impactos significativos na alimentação do rebanho e nos custos de produção. A escassez de chuvas afeta diretamente a qualidade das pastagens, reduzindo a quantidade de alimento disponível para o gado e, consequentemente, comprometendo o desempenho e a saúde dos animais. Por isso, é fundamental que o produtor se antecipe e se prepare para enfrentar os desafios dessa estação.
Planejamento estratégico da alimentação
Com a seca, as pastagens não conseguem mais fornecer o mesmo volume de alimento nutritivo para os animais. Nesse cenário, a suplementação alimentar se torna essencial. É importante que o pecuarista se organize com antecedência, garantindo que tenha alternativas como silagem, feno e volumosos disponíveis para complementar a alimentação do rebanho. O planejamento deve começar durante a estação chuvosa, com a produção e o armazenamento de alimentos que serão necessários quando as pastagens se tornarem escassas.
Produção e armazenamento de volumosos
Investir na produção de volumosos, como milho e sorgo, é uma das melhores maneiras de se preparar para a seca. Plantar essas culturas para silagem e construir estruturas adequadas de armazenamento, como silos e galpões, vai garantir que o gado tenha acesso ao alimento necessário quando os recursos naturais diminuírem. Além disso, é importante garantir que os alimentos armazenados mantenham boa qualidade nutricional para atender às necessidades do rebanho.
Outra opção é o diferimento das pastagens, que consiste em vedar áreas específicas para permitir que o pasto cresça e esteja disponível durante a seca.

Consequências da falta de alimentação adequada
Quando os animais não têm acesso a uma alimentação de qualidade durante a seca, o impacto é imediato. O desempenho do rebanho cai, há uma queda na produção de leite e carne, e o aumento de doenças pode se tornar um problema significativo. Além disso, a falta de comida pode levar os animais a procurarem fontes inadequadas de alimentação, causando danos às pastagens e outros prejuízos financeiros ao produtor.
Esses problemas geram custos adicionais com a compra de ração suplementar, além da queda na produção e na qualidade dos produtos. O pecuarista também precisa investir tempo e recursos para lidar com as consequências da escassez de alimento, o que pode comprometer a eficiência de sua operação.
Outras medidas para enfrentar a seca
Além de garantir a alimentação adequada, o pecuarista deve adotar estratégias que ajudem a mitigar os efeitos da seca. Um dos pontos cruciais é o manejo da água. A construção de sistemas de captação e armazenamento de água da chuva, por exemplo, pode ser uma excelente forma de garantir que o rebanho tenha acesso a água durante todo o período seco, sem depender exclusivamente das pastagens.
Diversificação das fontes de alimentação
Diversificar as fontes de alimentação é uma forma inteligente de garantir que o rebanho tenha uma dieta equilibrada e suficiente. O cultivo de forrageiras resistentes à seca e o uso de leguminosas para suplementação proteica são opções viáveis. Também é possível utilizar subprodutos agroindustriais como fonte adicional de alimento.
Manejo sustentável das pastagens
Manter as pastagens em boas condições é fundamental para reduzir a dependência de suplementos alimentares. Adotar práticas como o rodízio de pastagem e ajustar a taxa de lotação pode ajudar a conservar a qualidade do pasto e garantir que ele suporte o rebanho durante a seca. Essas práticas favorecem a recuperação do solo e a resistência das plantas à escassez de água.
Estar preparado para a estação seca exige ações antecipadas e estratégicas. Ao investir no planejamento da alimentação, na produção de volumosos e no manejo eficiente dos recursos hídricos, o pecuarista pode minimizar os impactos da seca e garantir a sustentabilidade de seu negócio. Além disso, ao adotar práticas de manejo sustentável das pastagens, o produtor assegura que terá alimento de qualidade para seu rebanho durante todo o ano.
Com planejamento e ações bem direcionadas, é possível enfrentar a seca de forma eficiente e proteger tanto a saúde dos animais quanto a rentabilidade do negócio.
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Autor:

Eduarda Viana
Zootecnista
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