Saiba o que é e como fazer a linha de ordenha na sua propriedade
A mastite é a principal doença que acomete as vacas leiteiras e seus prejuízos vão muito além do gasto com medicamentos e do descarte do leite. A maior perda, no entanto, ocorre dentro da glândula mamária, onde a produção de leite se reduz consideravelmente, a depender do patógeno causador e do tipo de mastite que o animal apresenta.
Com o intuito de controlar a disseminação da mastite no rebanho, algumas estratégias foram criadas e a linha de ordenha é uma delas. A linha de ordenha nada mais é do que ordenhar as vacas de acordo com a saúde da glândula mamária, evitando que vacas com mastite contaminem as vacas sadias.
Para isso é necessário conhecer como está a glândula mamária de cada vaca e o produtor deve utilizar algumas ferramentas para isso, como o teste de contagem de células somáticas individual — CCS individual. Ele indica a quantidade de células somáticas presentes no leite e, de acordo com esse valor, é possível identificar quais são as vacas sadias e quais são as vacas com mastite. Um outro exame complementar é a cultura microbiológica, que serve para identificar qual é o patógeno causador da mastite, se é ambiental ou contagioso, com boa taxa de cura ou não. Isso também ajuda a montar uma linha de ordenha mais segura e robusta.
Uma vaca é considerada sadia quando a sua CCS está abaixo de 200 mil células por mililitro de leite, daí a importância da análise de CCS individual, que mostra os valores quantitativos de CCS, diferentemente do teste CMT, cujos valores são subjetivos e qualitativos.
Assim, é possível montar uma linha de ordenha de forma a se evitar que as vacas sadias sejam contaminadas pelas vacas com mastite. Veja abaixo como seria uma linha de ordenha para prevenir novos casos de mastite:
1 – Vacas de primeira cria (primíparas) que não possuem mastite;
2 – Vacas multíparas que nunca tiveram mastite;
3 – Vacas que já tiveram mastite e foram curadas;
4 – Vacas com mastite subclínica (CCS acima de 200 mil);
5 – Vacas com mastite clínica.
Um outro critério que pode ser adicionado à linha de ordenha é separar as vacas com mastite subclínica de acordo com o microrganismo causador, evitando a disseminação de patógenos com baixa taxa de cura como o Staphylococcus aureus, por exemplo.
Além de evitar a transmissão de patógenos de uma vaca para outra, a linha de ordenha favorece a produção de leite com qualidade, pois o leite de vacas sadias possui qualidade superior ao leite de vacas com mastite, facilitando a separação do leite naquelas propriedades que possuem mais de um tanque resfriador e que recebem bonificação no preço do leite.
Um ponto importante que não deve ser esquecido é o treinamento dos funcionários para que a linha de ordenha seja realizada da forma correta. Ter todas as vacas identificadas e deixar a relação da ordem de ordenha à vista de todos são ações fundamentais para que a ordenha possa ser feita de acordo com a linha estabelecida.
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Autor:
Eduarda Viana
Zootecnista, criadora do perfil @dicasdazootecnista no Instagram.
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