O bem-estar animal não é custo, é investimento
O termo bem-estar animal já deixou de ser apenas uma pauta de consumidor ou de mercado. Hoje, ele está diretamente relacionado à produtividade, eficiência e rentabilidade da pecuária.
Um rebanho saudável e bem manejado produz mais, reproduz melhor e permanece por mais tempo na fazenda. E isso significa, no fim do dia, mais lucro no bolso do produtor.
O que é bem-estar animal na prática?
Bem-estar animal não é apenas “tratar bem” os animais, mas sim oferecer condições que permitam que eles expressem seu comportamento natural e mantenham boa saúde.
Segundo os princípios internacionais, os animais devem estar livres de:
- Fome e sede – acesso constante a água limpa e alimento de qualidade.
- Desconforto – ambiente adequado, com sombra, cama ou solo em boas condições.
- Dor, ferimentos e doenças – prevenção, diagnóstico rápido e tratamento eficiente.
- Medo e estresse – manejo calmo e racional, sem gritos ou agressões.
- Limitação de comportamento natural – espaço e condições que permitam movimentação e interação social.
Por que investir em bem-estar dá retorno?
Um animal submetido a estresse frequente — seja por manejo inadequado, ambiente ruim ou falta de nutrição balanceada — apresenta queda na imunidade, baixa eficiência alimentar e redução de desempenho produtivo e reprodutivo.
Alguns impactos diretos:
-Na pecuária de leite: vacas estressadas têm redução significativa na produção de leite, maior ocorrência de mastite e descarte precoce.
-Na pecuária de corte: o estresse prejudica o ganho de peso, aumenta perdas no frigorífico e compromete a qualidade da carne (pH alterado, carne DFD).
-Na reprodução: o estresse eleva os índices de repetição de cio, reduz a taxa de concepção e aumenta o intervalo entre partos.
Ou seja: bem-estar é produtividade.

Manejo racional: o caminho para o lucro
Entre as práticas mais importantes de manejo racional, destacam-se:
- Uso de técnicas de baixo estresse: conduzir os animais de forma calma, aproveitando seu comportamento natural de manada.
- Infraestrutura adequada: currais bem projetados, corredores com largura correta e sem cantos que dificultem o fluxo.
- Treinamento de equipe: colaboradores capacitados entendem o comportamento animal e reduzem acidentes com o gado e com as pessoas.
- Ambiente confortável: sombra, bebedouros de fácil acesso, cochos bem posicionados e áreas sem lama excessiva.
Essas práticas, além de reduzirem perdas e melhorarem o desempenho, ainda fortalecem a imagem da fazenda no mercado, cada vez mais atento às exigências de consumidores e compradores.
O bem-estar animal não é custo, é investimento. Ao adotar práticas de manejo racional, o produtor garante melhor desempenho zootécnico, menor taxa de doenças, maior longevidade do rebanho e mais eficiência reprodutiva.
E, no fim das contas, isso se traduz em maior rentabilidade e sustentabilidade da atividade.
Quem entende que cuidar bem do rebanho é cuidar do próprio bolso, dá um passo à frente em competitividade e resultados.
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Autor:

Eduarda Viana
Zootecnista
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