A cana-de-açúcar se mostra uma alternativa viável de volumoso para ser utilizada na alimentação do rebanho pela grande produção de massa verde com alto teor de carboidrato
A época mais seca do ano costuma ser um desafio para os produtores, visto que o crescimento das forrageiras se torna muito limitado devido à falta de chuva, menor temperatura e menor luminosidade disponível. Mas é justamente no período seco que a cana-de-açúcar atinge seu ponto ideal de colheita, quando apresenta maior concentração de carboidratos, juntamente com grande produção de massa verde. Desta forma, a cana-de-açúcar se mostra uma alternativa viável de volumoso para ser utilizada na alimentação do rebanho.
Além da grande produção por hectare a cana possui uma outra vantagem, que é o período de renovação de aproximadamente quatro a cinco anos, ou seja, não é uma cultura de plantio anual, portanto, o seu custo é menor comparado com outras culturas como o milho ou sorgo.
Aspetos nutricionais
Apesar de conter grande quantidade de energia, estocada na forma de sacarose, a cana-de-açúcar possui um teor de proteína muito baixo, de aproximadamente 2 a 4% , sendo um volumoso desbalanceado nutricionalmente. Por este motivo é necessário adicionar ureia e sulfato de amônio no momento do fornecimento aos animais. Assim os teores de proteína e energia estarão mais equilibrados e o animal irá aproveitar melhor este alimento.
Além disso, possui cerca de 50% de FDN (fibra em detergente neutro), porém é uma fibra de baixa qualidade, onde a fração fibrosa indigestível pode representar até 60% do teor total de FDN, enquanto no milho e sorgo essa fração indigestível é de aproximadamente 30%.
A baixa qualidade da fibra e o baixo teor de proteína são os principais fatores limitantes do uso da cana, mas que podem ser contornados com uma dieta balanceada e bem ajustada.
Formas de fornecimento
A forma mais comum de fornecimento é a cana picada in natura, acrescida da mistura de ureia com sulfato de amônio. A desvantagem desse tipo de fornecimento é a necessidade de se ter mão de obra disponível para cortar e picar a forrageira todos os dias. Uma outra forma é a ensilagem, utilizada quando a propriedade não dispõe de mão de obra para o corte diário ou quando o produtor precisa realizar o corte e desocupar toda a área plantada, então a silagem é uma alternativa para armazenar a forrageira.
Se a grande quantidade de carboidratos é uma vantagem da cana in natura, para a ensilagem ela se torna um ponto de atenção, pois todo esse carboidrato vai fermentar e podem ocorrer fermentações indesejáveis que vão comprometer toda a qualidade da silagem. Assim, é indispensável que produtor faça o uso de bons inoculantes no momento da ensilagem.
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Autor:
Eduarda Viana
Zootecnista, criadora do perfil @dicasdazootecnista no Instagram.
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