Adotar práticas sustentáveis não é mais uma opção: é uma necessidade para quem quer permanecer competitivo no mercado 

A pecuária de corte brasileira é, em sua maior parte, uma atividade a pasto. Esse sistema é um dos grandes diferenciais do nosso país, aproveitando extensas áreas e condições climáticas favoráveis para a produção de carne bovina. No entanto, para que essa pecuária continue sendo competitiva e, ao mesmo tempo, preserve os recursos naturais, é fundamental adotar práticas que tornem o sistema mais sustentável.

Uma das chaves para essa transformação está no manejo correto das pastagens. 

A importância das pastagens na pecuária brasileira

Hoje, cerca de 90% da carne produzida no Brasil é oriunda de sistemas a pasto. Isso reforça a importância de cuidar bem dessas áreas, pois elas são o verdadeiro alicerce da produção.

Pastagens bem manejadas não apenas garantem alimento de qualidade para o gado, como também prestam serviços ambientais importantes, como:

  • Proteção do solo contra erosão;
  • Melhoria da infiltração de água;
  • Armazenamento de carbono, contribuindo para a redução dos gases de efeito estufa.

Ou seja, investir em pasto de qualidade é investir na produtividade e na preservação do meio ambiente ao mesmo tempo.

Conservação de pastagens

A conservação de pastagens envolve práticas que evitam a degradação do solo e da vegetação. Entre elas, podemos destacar:

  • Manejo de lotação: ajustar a quantidade de animais por área para evitar superpastejo;
  • Rotação de pastagens: dividir o pasto em piquetes e alternar o pastejo, permitindo o descanso e a recuperação das plantas;
  • Correção e adubação do solo: manter o solo fértil com calagem e adubações adequadas.

Essas práticas ajudam a manter o vigor da pastagem, favorecem a formação de raízes profundas e melhoram a infiltração da água no solo, diminuindo a ocorrência de enxurradas e erosão.

Animais na pastagem

Recuperação de pastagens

Quando o pasto já apresenta sinais de degradação — como áreas com muita terra exposta, plantas invasoras e baixa produção de forragem — é hora de pensar em recuperação.

A recuperação pode ser feita por meio de:

Controle de plantas daninhas;

Correção química e física do solo;

Reformas com semeadura direta de espécies forrageiras adaptadas.

Recuperar um pasto é sempre mais econômico e ambientalmente correto do que abrir novas áreas. É uma forma de aumentar a produção sem pressionar novos ecossistemas.

Renovação de pastagens

Em casos mais severos, onde a degradação é muito avançada, pode ser necessária a renovação total da pastagem. Esse processo envolve:

Eliminação da vegetação existente;

Preparo do solo;

Replantio com variedades de forrageiras mais produtivas e resistentes.

A renovação é uma oportunidade para corrigir problemas antigos e implantar práticas mais sustentáveis desde o início, como sistemas integrados de produção (ex: integração lavoura-pecuária).

Como tudo isso contribui para a sustentabilidade?

Ao conservar, recuperar e renovar as pastagens, conseguimos:

  • Melhorar a produtividade animal por hectare;
  • Reduzir a pressão para abertura de novas áreas de vegetação nativa;
  • Aumentar a infiltração de água no solo, reduzindo erosão e aumentando a resiliência das pastagens em períodos de seca;
  • Capturar mais carbono no solo e na biomassa vegetal, ajudando a mitigar as mudanças climáticas.

Além disso, uma pecuária de corte sustentável fortalece a imagem do produtor no mercado, abre portas para certificações ambientais e agrega valor ao produto final.

A pecuária de corte brasileira tem um grande potencial para ser ainda mais sustentável — e o caminho passa pelo solo, pelas pastagens e pelo manejo consciente. Cuidar da base da produção é garantir um futuro mais produtivo, rentável e ambientalmente responsável para a atividade.

Adotar práticas sustentáveis não é mais uma opção: é uma necessidade para quem quer permanecer competitivo no mercado e, ao mesmo tempo, contribuir para a preservação dos nossos recursos naturais.

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Autor:

Eduarda Viana

Zootecnista

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