Os desafios associados ao uso de antibióticos na produção de leite é uma questão de suma importância para os pecuaristas e profissionais do setor lácteo. Isso se deve ao fato de que a qualidade e segurança alimentar do leite são avaliadas com base na ausência de substâncias estranhas à sua composição.
Os antibióticos desempenham um papel essencial na preservação da saúde e do bem-estar das vacas, sendo indispensáveis para o tratamento de diversas enfermidades, com destaque para a mastite, uma doença de significativo impacto econômico na pecuária leiteira. O tratamento da mastite clínica e o manejo de vacas secas são os principais motivos para o uso de antibióticos em vacas, sendo também a principal fonte de resíduos desses medicamentos no leite. É crucial observar que qualquer antibiótico administrado, independentemente da via de aplicação, pode deixar vestígios no leite.
Controle de qualidade na indústria
Todo leite que chega aos laticínios passa por uma triagem, composta por diversas análises realizadas antes de ser descarregado na linha de produção. Essas análises físico-químicas visam confirmar a ausência de fraudes e resíduos de antibióticos, conforme os parâmetros estabelecidos pela Instrução Normativa 76 do MAPA, datada de 26 de novembro de 2018.
Através dessas análises, é possível detectar a presença de antibióticos no leite por meio de testes específicos que identificam classes particulares desses medicamentos. Caso a presença desses contaminantes seja confirmada, todo o volume de leite afetado é descartado. Isso representa um prejuízo significativo tanto para o produtor, que muitas vezes arca com o custo do volume descartado, quanto para o laticínio, que fica impossibilitado de utilizar a matéria-prima na produção.
Como prevenir a presença de resíduos de antibiótico no leite?
Algumas ações que podem auxiliar no controle de resíduos incluem:
- Estabelecer um eficiente programa de controle de mastite na propriedade, reduzindo assim a necessidade de antibióticos.
- Ler atentamente a bula e respeitar o período de carência do medicamento, incluindo dosagem e via de aplicação.
- Identificar todos os animais sob tratamento para evitar a mistura de leite entre vacas em tratamento e saudáveis.
- Manter um registro detalhado dos animais em tratamento, incluindo o medicamento administrado, a data da primeira aplicação, o período de carência e a data prevista para retorno do leite ao tanque.
- Treinar todos os colaboradores quanto ao uso adequado dos medicamentos, identificação dos animais e registro dos tratamentos.
- Realizar a limpeza rigorosa de equipamentos e utensílios após a ordenha de vacas em tratamento.
- Em caso de dúvida sobre o período de carência e a liberação do leite para o tanque, consultar o técnico do laticínio sobre a possibilidade de enviar uma amostra para análise laboratorial.
O controle de resíduos de antibióticos no leite é uma responsabilidade do produtor, exigindo atenção redobrada ao administrar esses medicamentos nas vacas. Esteja consciente dessas práticas para garantir a qualidade do leite e a sustentabilidade da produção.
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Autor:
Eduarda Viana – @dicasdazootecnista
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Muito boa a orientaçao, valeu!
Olá, Vicente! Que bom que o nosso artigo te ajudou! Estamos à disposição se surgir alguma dúvida!