Os consumidores estão cada vez mais preocupados e buscando carnes de qualidade, é preciso ficar atento a alguns processos que acontecem a partir do momento que os animais embarcam para os frigoríficos

Sabemos que uma carne de qualidade é produzida do lado de dentro da porteira, mas alguns fatores externos possuem grande influência no resultado do produto que chega ao consumidor. Essa influência pode ser positiva, realçando o trabalho do produtor, ou pode comprometer de forma severa a qualidade da carne.

E como os consumidores estão cada vez mais preocupados e buscando carnes de qualidade, é preciso ficar atento a alguns processos que acontecem a partir do momento que os animais embarcam para os frigoríficos.

Dentre as principais perdas de qualidade oriundas de práticas mal executadas podemos citar:

  • Hematomas (contusão);
  • pH final inadequado;
  • Carne escura;
  • Dureza;
  • Redução do peso de carcaça.

Todos esses problemas podem ser evitados se as pessoas envolvidas souberem conduzir e manejar corretamente os animais.

Gado em pré-abate

Garantindo a qualidade da carne

Ao fim do ciclo produtivo chega o momento que o produtor tanto esperou:  a hora de vender os animais para o abate e receber por todos os esforços e investimentos feitos em nutrição, manejo, genética e sanidade. Para que todo esse esforço seja percebido são necessários alguns cuidados pré-abate que vão garantir a qualidade da carne produzida.

E esse cuidado começa no momento do embarque dos animais, onde eles estarão mais susceptíveis ao estresse, ficando mais agitados e aumentando o risco de lesões. Para evitar que isso aconteça o embarque deve ser feito de forma calma e tranquila, sem gritos e sem o uso de choques e ferrões. Se possível, conduza os animais em grupos pequenos, sem misturar com outros lotes para evitar problemas com a hierarquia.

É importante ressaltar que o momento do desembarque também deve ser feito de forma tranquila, evitando ao máximo os sentimentos de estresse e medo.

O segundo ponto está relacionado ao transporte desses animais, que deve ser feito em veículos adequados e adaptados para isso. Um ponto crucial nesta etapa é a densidade animal, que não deve ser muito alta e nem muito baixa. Uma densidade alta causa mais estresse aos animais, enquanto uma densidade baixa aumenta o risco de quedas e lesões.

Após o desembarque no frigorífico é importante que os animais não passem sede e nem fiquem mais de 24 horas em jejum de alimentos sólidos, pois isso aumenta ainda mais o estresse e interfere diretamente no processo de transformação do músculo em carne.

Pense sempre no bem-estar dos animais, pois ele faz toda diferença neste momento. O medo e o estresse prejudicam muito a qualidade da carne, e devem ser minimizados ao máximo para evitar prejuízos.

Cuidar e respeitar os animais é dever de todas as pessoas, principalmente dos produtores, já que não há produtividade se não houver bem-estar. Pense nisso!

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Autor:

Eduarda - Autora do conteúdo Controle estratégico de carrapatos

Eduarda Viana

Zootecnista, criadora do perfil @dicasdazootecnista no Instagram.

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