Conheça as ferramentas utilizadas para promover o melhoramento genético de vacas leiteiras e aumentar a produtividade dos animais
Os programas de melhoramento genético se tornaram amplamente difundidos entre os produtores de leite. Isso porque o objetivo de se fazer o melhoramento genético no rebanho é identificar e utilizar animais com bom desempenho para a produção de leite, além de agregar outras características de importância econômica.
Os animais de uma mesma espécie possuem os mesmos genes, mas os alelos, que são formas alternativas desses genes, é que promovem as diferenças entre os indivíduos. Assim, o melhoramento genético é a mudança na frequência dos alelos dos genes, através de processos
Ferramentas do melhoramento genético
Existem duas ferramentas disponíveis para promover o melhoramento genético: a seleção e o sistema de acasalamento.
1- Seleção
É um processo que permite que os melhores touros sejam utilizados como reprodutores com maior intensidade. A identificação dos animais superiores é feita através de avaliações genéticas, podendo ser a tradicional, por meio do pedigree, ou a genômica, adicionando marcadores moleculares.
A avaliação genética tradicional busca estimar o mérito genético dos animais que serão pais da próxima geração. Normalmente utiliza-se o teste de progênie para coleta de dados. Neste teste o sêmen do reprodutor é coletado e utilizado para inseminar as vacas. É feito o acompanhamento do nascimento das filhas até o encerramento da sua lactação, avaliando essas filhas pela sua produção de leite e outras características de interesse econômico. Ou seja, o touro tem o seu valor genético estimado com base nos desempenhos de suas filhas. É um processo longo, que dura em média de 5 a 7 anos. O resultado é expresso em PTA – Habilidade Prevista de Transmissão – que corresponde à metade do valor genético do animal, e o produtor faz a escolha dos melhores reprodutores e matrizes de acordo com os seus objetivos de seleção.
Na avaliação genômica são utilizados marcadores moleculares para identificar inúmeras características. Ela tem o potencial de aumentar o ganho genético, reduzindo o intervalo de geração e aumentando a intensidade de seleção. É possível avaliar os animais com relação à produção de leite, sólidos, conformação, facilidade de parto, predisposição a doenças, tipo de caseína (a2a2), etc.
2- sistema de acasalamento
Consiste na determinação de quais touros serão utilizados ou acasalados com as fêmeas do rebanho. Possui como objetivos o controle da consanguinidade, correções genéticas, ajustes morfológicos e obtenção de animais com avaliações genéticas extremas, onde acasalam os melhores machos com as melhores fêmeas.
Tecnologias reprodutivas que possibilitam o melhoramento genético
Algumas tecnologias facilitam o acesso ao melhoramento genético do rebanho. São elas:
-Inseminação artificial (IA): permite melhorar a genética através do uso de sêmen de touros provados, com um baixo custo.
-Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF): permite inseminar os animais no mesmo dia e horário, não dependendo da observação de cio. São feitos protocolos de sincronização hormonal, e ao final as vacas são inseminadas.
-Fertilização in vitro (FIV): é utilizada para agilizar a produção de bovinos geneticamente superiores. Além disso, permite a utilização de fêmea de boa genética, que por algum motivo não pode se reproduzir de maneira convencional.
-Transferência de embrião (TE): é uma técnica que remove um ou mais embriões do trato reprodutivo de uma fêmea doadora e os transfere para uma ou mais fêmeas receptoras.
Para que todo o potencial estimado com o melhoramento genético possa ser expresso, é fundamental que haja um bom manejo da fazenda. A quantidade de leite e de sólidos que um animal produz é resultado de sua capacidade genética aliada às boas condições ambientais e de manejo. Forneça o que seus animais precisam, e eles irão produzir ao máximo.
A utilização da genômica nas fazendas leiteiras – disponível em https://rehagro.com.br/blog/genomica-nas-fazendas-leiteiras/
Evolução da avaliação genética em gado de leite – disponível em https://www.milkpoint.com.br/artigos/producao-de-leite/evolucao-da-avaliacao-genetica-em-gado-de-leite-207478/
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Autora:
Eduarda Pereira Viana
Zootecnista pela Universidade Federal de Viçosa com grande experiência em qualidade do leite, tendo atuado por mais de 9 anos junto aos produtores de variadas regiões do país.
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