Conhecer os principais fatores de risco associados à doença e implementar medidas preventivas é fundamental para garantir a saúde das vacas e a qualidade do leite produzido
A mastite bovina é uma doença que acomete a glândula mamária de vacas leiteiras e que causa prejuízos significativos à produção e qualidade do leite. Caracteriza-se pela inflamação dos tecidos mamários, podendo ser causada por bactérias, fungos ou algas. A doença provoca alterações na composição do leite, resultando em sua diminuição de qualidade e rendimento.
A mastite pode ser classificada em dois tipos principais:
Mastite clínica: nesse caso, as alterações no leite são visíveis a olho nu. O leite pode conter coágulos, pus, sangue ou apresentar uma coloração anormal. A região afetada pode estar inchada, avermelhada e dolorida.
Mastite subclínica: nesse tipo, não há alterações visíveis no leite, mas ocorre um aumento na contagem de células somáticas (CCS), que indica a presença de células de defesa no leite. O diagnóstico é realizado por meio de testes específicos, como o teste CMT ou pela contagem eletrônica de células somáticas.
Principais Fatores de Risco
Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da mastite. Conhecer esses riscos é fundamental para adotar medidas preventivas eficazes. Abaixo, estão os principais fatores de risco associados à ocorrência da doença:
- Higiene do ambiente: bactérias presentes no ambiente podem entrar na glândula mamária através de ferimentos ou rachaduras nos tetos, especialmente quando a vaca se deita em locais com muita umidade e acúmulo de matéria orgânica.
- Rotina de ordenha, higiene e manutenção dos equipamentos: algumas bactérias podem ser transmitidas de uma vaca para outra durante o processo de ordenha, principalmente quando práticas de higiene adequadas não são seguidas, como a desinfecção correta dos tetos, a linha de ordenha e a higiene dos equipamentos de ordenha.
- Estresse Físico e nutricional: condições de estresse podem enfraquecer o sistema imunológico das vacas, tornando-as mais suscetíveis a infecções. Dietas desequilibradas ou inadequadas também podem comprometer a resistência das vacas à mastite.
- Ordenha inadequada (sobreordenha): ordenhas mal realizadas, com excesso de pressão ou ordenhadeiras inadequadas, podem causar lesões nos tetos e favorecer a entrada de bactérias na glândula mamária.
Prevenção da Mastite Bovina
A prevenção da mastite bovina é uma parte essencial do manejo de rebanhos leiteiros. Ao adotar práticas adequadas, é possível reduzir significativamente a incidência da doença e melhorar a saúde do rebanho. Abaixo estão algumas estratégias eficazes de prevenção:
Higiene na ordenha: assegurar a higiene tanto dos equipamentos de ordenha quanto dos tetos das vacas é crucial para evitar a entrada de bactérias patogênicas. A aplicação de soluções antissépticas e a secagem bem feita dos tetos são passos importantes.
Manejo adequado das vacas: proporcionar um ambiente limpo e confortável para as vacas, com áreas adequadas de descanso, evita o estresse e contribui para uma melhor resposta imunológica. Além disso, é fundamental oferecer uma dieta balanceada e de qualidade para fortalecer a saúde das vacas.
Testes de mastite: realizar regularmente testes de mastite para identificar casos subclínicos e tratar as vacas infectadas adequadamente, prevenindo a disseminação da doença.
Descarte adequado: vacas cronicamente infectadas podem ser fontes de infecção para outras. O descarte adequado dos animais persistentemente infectados pode ajudar a reduzir a disseminação da doença.
A mastite bovina é uma preocupação constante para produtores de leite, impactando a produtividade e o bem-estar do rebanho. Conhecer os principais fatores de risco associados à doença e implementar medidas preventivas é fundamental para garantir a saúde das vacas e a qualidade do leite produzido. O cuidado com a higiene na ordenha, o manejo adequado das vacas, a identificação e tratamento de casos subclínicos e a nutrição adequada são pilares para a prevenção eficaz da mastite bovina, contribuindo para a sustentabilidade e lucratividade da atividade leiteira.
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Autor:
Eduarda Viana – @dicasdazootecnista
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