A nutrição é primordial para o bom desempenho reprodutivo do rebanho
A nutrição é o pilar mais importante para se alcançar um bom desempenho reprodutivo na criação de bovinos de corte, pois é por meio dos nutrientes oriundos da alimentação que as matrizes terão condições para se desenvolverem e produzirem bezerros saudáveis.
Como a maior parte da criação de bovinos de corte no Brasil é feita a pasto, há uma variação na condição corporal dos animais ao longo do ano, pois passam por períodos de alta e baixa disponibilidade de alimentos, aliada a uma menor qualidade da forragem durante o período seco. Isto leva a uma perda de peso caso não haja uma suplementação adequada durante este período, além de prejudicar o desempenho das matrizes. Da mesma forma que a subnutrição afeta a reprodução, a superalimentação também pode provocar problemas de infertilidade, e por este motivo é necessário ter atenção com a alimentação do rebanho.
Como consequências de uma má nutrição podemos ressaltar:
- Perda de cios;
- Perda de peso;
- Baixa imunidade;
- Maior absorção embrionária;
- Maior intervalo de partos;
- Bezerros desmamados com menor peso;
- Prejuízos para o produtor.
Nutrição e sua influência na reprodução
Os bovinos possuem exigências nutricionais diferentes ao longo da vida, de acordo com a fase em que se encontram, principalmente as matrizes. Conhecer e suprir essas exigências é o primeiro passo para garantir fêmeas saudáveis que estarão aptas a produzirem novos bezerros.
Os nutrientes ingeridos via alimentação são direcionados dentro do organismo para suprirem as necessidades do animal, de acordo com as prioridades que ele possui. Manter o metabolismo e todos os processos vitais funcionando é a prioridade máxima do organismo, que direciona os nutrientes que são necessários para esta função. Após isso, os nutrientes excedentes são distribuídos para outras funções, como crescimento, produção, ganho de peso e reprodução.
Desta forma, quando a dieta é deficiente os nutrientes não são suficientes para manter em funcionamento todas as atividades, a reprodução é a primeira função a ser afetada. O principal efeito de uma má nutrição é a ausência de cio, também chamada de anestro. A imunidade também fica comprometida, deixando os animais mais vulneráveis a outras doenças e enfermidades.
Uma forma de acompanhar e avaliar o estado nutricional das matrizes do rebanho é por meio do escore de condição corporal (ECC), onde o pecuarista pode separar os animais em lotes e promover uma nutrição diferenciada de acordo com a necessidade dos animais.
Vacas que estão com deficiência de nutrientes produzem bezerros mais leves, colostro de baixa qualidade e, consequentemente, estes bezerros estarão com um peso menor no momento da desmama. Além disso, estas vacas demoram mais a retornar à atividade reprodutiva, comprometendo uma nova gestação. No caso de novilhas em crescimento, a má nutrição irá retardar o ganho de peso e a maturidade sexual, aumentando a idade ao primeiro parto.
Apesar da subnutrição ser a forma mais comum de uma má nutrição, a superalimentação também causa muitos prejuízos à reprodução. Vacas que consomem energia em excesso ganham muito peso e ficam obesas, com um alto escore corporal. Isto dificulta a implantação do embrião no útero e aumenta as chances de parto distócico.
A nutrição é primordial para o bom desempenho reprodutivo do rebanho e o produtor deve buscar sempre o auxílio de um nutricionista capaz de identificar as necessidades dos animais e planejar o manejo alimentar de acordo com a realidade da propriedade.
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Autor:
Eduarda Viana
Zootecnista, criadora do perfil @dicasdazootecnista no Instagram.
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