As doenças que afetam o desempenho reprodutivo causam inúmeros prejuízos para o pecuarista
O desempenho reprodutivo está diretamente relacionado com a produtividade dos animais e com os resultados econômicos da pecuária, seja ela de leite ou de corte. Na pecuária leiteira é ainda mais evidente os impactos que as doenças reprodutivas provocam, visto que a produção de leite é dependente do ciclo reprodutivo dos animais e as doenças causam não somente prejuízos produtivos, mas também sanitários e principalmente financeiros.
Assim, o pecuarista precisa investir em ações de prevenção e manejo para evitar que seu rebanho seja acometido por alguma doença que afete a reprodução das vacas, de modo a cuidar da sanidade dos animais e evitar grandes prejuízos.
Dentre as várias consequências decorrentes de doenças reprodutivas, o aborto é a mais comum e normalmente o produtor só descobre que a vaca pode estar com alguma doença depois de algumas perdas gestacionais significativas. Existem inúmeras doenças que podem afetar o desempenho reprodutivo das vacas, mas hoje falaremos das principais e que são mais comuns nos rebanhos brasileiros.
Principais doenças reprodutivas
- Leptospirose bovina: é causada por bactérias do gênero Leptospira e tem grande incidência nos rebanhos brasileiros, podendo ser encontrados casos em todo território nacional. Ela provoca infertilidade, abortos, nascimento de bezerros fracos e natimortos. Os bovinos infectados são reservatórios da doença e contaminam o solo e a água com a urina, restos de placenta e de fetos, leite e secreções em geral. Existe vacina e o ideal é que todo o rebanho seja vacinado.
- Rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR) – doença causada pelo herpesvirus que prejudica não somente o desempenho reprodutivo, mas também causa lesões em outros tecidos como conjuntivite, rinotraqueíte e infecção generalizada em neonatos. A melhor forma de prevenção é por meio da vacinação.
- Diarreia viral bovina (BVD) – outra doença causada por vírus e sua transmissão pode ocorrer via transplacentária, oral ou por inalação. Provoca abortos e se o feto for contaminado entre 50 e 120 dias e não morrer, ele se tornará infectado permanentemente e disseminará o vírus no rebanho. Para esta doença também exite vacina disponível.
- Brucelose: é uma zoonose causada pela bactéria Brucella abortus de grande importância econômica. Causa infertilidade e aborto no terço final da gestação nos animais e pode causar infertilidade nos humanos também. A vacinação contra brucelose é obrigatória e deve ser feita em todas as fêmeas do rebanho que tenham idade entre 3 e 8 meses.
- Neosporose – é causada por um protozoário e o maior hospedeiro é o cão. A transmissão ocorre quando o animal ingere oocistos de Neospora ou por via transplacentária. Esta doença provoca abortos, queda na produção de leite e aumento do descarte involuntário de animais.
Todas estas doenças têm uma característica em comum, que é afetar negativamente o desempenho reprodutivo, sendo o aborto um sinal clínico comum a todas elas. A melhor forma de prevenir e evitar que estas doenças acometam o rebanho é seguir um bom calendário sanitário, que contemple as principais vacinas de acordo com a região onde se encontra a propriedade. Além disso, um manejo diferenciado também é necessário, como forma de auxiliar no controle e disseminação dessas doenças.
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Autor:
Eduarda Viana
Zootecnista, criadora do perfil @dicasdazootecnista no Instagram.
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