Conheça as principais plantas tóxicas para os bovinos e saiba como evitar a ingestão e intoxicação dos animais.
A criação de bovinos no Brasil, principalmente na pecuária de corte, é feita em pastagens, onde o gado tem acesso à grandes áreas com diferentes tipos de vegetação. Um dos problemas enfrentados pelos pecuaristas é a intoxicação dos animais decorrente da ingestão de algumas plantas que possuem um nível de toxicidade que pode levá-los à óbito dependendo da quantidade ou da parte da planta que foi ingerida.
Uma das principais causas de morte de animais adultos é a intoxicação por plantas tóxicas. As plantas tóxicas estão presentes em todo território do país, o que agrava a situação e se torna mais um motivo para o produtor fazer o manejo correto das suas pastagens.
As consequências da ingestão de plantas tóxicas variam desde fotossensibilização até morte súbita do animal.
Conheça as principais plantas tóxicas para os bovinos:
Cafezinho
Também conhecida pelos nomes de erva-de-rato, vick e roxinha, esta planta tem boa palatabilidade, é altamente tóxica e está presente em áreas de mata e capoeira. Causa sinais clínicos nervosos como desequilíbrio dos membros posteriores, tremores, musculares, queda repentina do animal e taquicardia, podendo causar morte súbita. Não existe tratamento para os animais intoxicados.
Timbó
Timbó, tingui ou cipó-prata apresenta toxicidade em toda sua estrutura, principalmente na fase de brotação. Ocorre durante o ano todo e é uma das principais plantas que causam a morte dos animais. Os animais apresentam como sinais clínicos tremores musculares, taquicardia, queda repentina, decúbito lateral, urinar frequentemente, fezes com muco e mucosas pálidas.
Ao identificar a intoxicação, o produtor deve deixar o animal em repouso na sombra e evitar movimentá-lo.
Samambaia
A samambaia é uma plana tóxica que, verde ou seca, causa danos aos animais. É encontrada em todo o país, especialmente nas encostas de morros e lugares mais úmidos. Os sinais clínicos são: hematúria enzoótica (sangue na urina), sangramento da pele, pequenas feridas e câncer esofágico.
Chumbinho
Conhecida também pelos nomes cambará e margaridinha, possui ampla distribuição pelo Brasil e seu consumo ocorre mais durante a escassez de alimentos. Causa fotossensibilização e morte dos animais. Sinais clínicos: fotossensibilização das regiões despigmentadas da pele, anorexia, inquietação, icterícia, urina de coloração marrom. O tratamento é feito com soro, pomadas, corticóides e anti-histamínicos.
Cipó-ruão
Planta muito presente na região sudeste, e seu consumo ocorre quando há restrição alimentar pois tem baixa palatabilidade (exceto os brotos jovens). Os principais sinais clínicos são: edema de barbela e região esternal, aborto, emagrecimento progressivo e relutância em andar.
Dama da noite
Também chamada de coerana e pimenteira, é uma planta invasora de pastagens onde as folhas, brotos e frutos são tóxicos. Apresenta como principais sinais clínicos: apatia, anorexia, parada ruminal, dorso arqueado, ranger de dentes e movimentos de pedalagem.
Existem outras espécies de plantas que também são tóxicas para os ruminantes, como a mandioca, mamona e leucena, mas essas cinco são responsáveis por grande parte das intoxicações.
A melhor forma de evitar que os animais consumam esse tipo de planta é fazendo o correto manejo das pastagens, não deixando faltar comida. Também é importante cercar áreas onde a população de plantas tóxicas é grande, para impedir o acesso dos animais e eventual intoxicação. Cuide do seu rebanho!
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Autor:
Eduarda Viana
Zootecnista, criadora do perfil @dicasdazootecnista no Instagram.
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parabéns pelo trabalho em fornecer infomações sobre essas plantas e com as fotos ficarm ótimas para dar um esclarecimento a quem nao consegui ver e entender sobre elas.
Dama da noite é a denominação de uma variedade de coerana (Cestrum Laevigatum).el
No estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro ocorre nas áreas de pastagens onde o solo é de melhor qualidade.
Sua dispersão é altamente facilitada por pássaros que igerem seus frutos e aliminasm nas fezes suas sementres com elevado poder germinativo.
Seu corte em operação de “roçada em pastagens” facilita grandemente sua rebrota, rápida, vigorosa e muito apetecível aos bovinos, a ponto de ser mais ou menos típica elevado número de casos de intoxicação após tais operações.
A planta, apesar de sua alta toxicidade e sua presença em áreas remanescentes da Mata Atlântica em todo o estado do Rio de Janeiro e do Espírito Santo e na Zona da Mata de Minas Gerais é pouco conhecida pelos pecuaristas dessas regiões – os quais, inclusive, duvidam de sua toxidade pelo fato de já terem presenciado sua ingestão por bovinos sem quaisquer efeitos nocivos. Tal ideia não indica falta com a verdade e sim o fato de, em mais de 90% dos casos de injestão, a quantidade injerida ser insuficiente para causar o processo de intoxicação e morte, o que dificulta ao profissional assistente convencer seus clientes a promover a erradicação, de tal forma que o número de plantas na pastagem cresce anualmente até que sua abundância “convida” bovinos a sua injestão.
Sua erradicação somente é possível com o arranquio da mesmas pelas raízes, o que torna inviável economicamente a menos que vegetanto em área mecanizável, caso em que a operação será efetuado com o uso de tratores. Em áreas em declive a dolução possível será o corte do caule a 10-20 cm do solo e a aplicação de herbicida a base do ácido 2,4-Diclorofenoxiacético por pincelamento por pessoas usando EPI e previamenpdeverão ser vetadas tal o risco que oferecem. aos aplicadores).
Aqui: Heber Calais – 74 anos – Médico Veterinário pela UFMG em dezembro/1973 – Assistente em fazendas de gado leiteiro desde então e até o presente.
Caso a autora deseje contato/esclarecimentos/etc. poderá enviar-me mensagem por e-mail.
Olá Heber! Tudo bem? Agradecemos o seu comentário e a sua contribuição. O princípio tóxico desta planta são as saponinas, que provocam lesões no fígado, apatia, anorexia, parada ruminal, salivação abundante, agressividade, tremores musculares, dentre outros sintomas.
A maioria dos casos de intoxicação ocorrem por falta de manejo dos pastos, onde há pouca forrageira disponível ou quando a sua qualidade está ruim. O fato do animal comer e não apresentar sintomas ou não morrer não significa que a planta não é tóxica. Por ser uma planta de baixa palatabilidade, grandes quantidades só são ingeridas quando o gado está com fome, ou seja, quando há escassez de pastagem. Há estudos comprovando que os sinais clínicos aparecem entre 15 e 24 horas após a ingestão da planta, e ocorre morte entre 6 e 48 horas após os sinais clínicos.
Ou seja, não há como negar a toxicidade desta planta.
Quanto à sua erradicação, a decisão deve ser tomada junto ao produtor de acordo com as suas condições. Pode-se cercar a área, usar herbicidas e até mesmo arrancar os arbustos. Cada propriedade irá agir de acordo com as suas condições. O que não pode é não deixar o produtor ciente dos riscos que seus animais estão correndo com a presença desta planta.