A eficiência reprodutiva é um dos pilares da produtividade e da rentabilidade na pecuária, seja de leite ou de corte

Vacas que não emprenham, que abortam ou que apresentam repetição de cio estão gerando prejuízo — em forma de leite não produzido, bezerros não nascidos, ciclos reprodutivos prolongados e custos invisíveis.

Nesse cenário, as vacinas reprodutivas desempenham um papel essencial: prevenir doenças que comprometem a fertilidade e a viabilidade embrionária. Ainda assim, em muitas fazendas, o protocolo de vacinação reprodutiva ainda é falho, mal documentado ou ignorado.

 O impacto econômico das falhas reprodutivas

Problemas reprodutivos são um dos principais gargalos da pecuária moderna. Em muitos casos, os efeitos são silenciosos, mas altamente custosos:

  • Intervalo de partos muito longos
  • Taxas de concepção abaixo do ideal 
  • Perda embrionária precoce
  • Aborto entre o 3º e 6º mês de gestação
  • Bezerros natimortos ou fracos
  • Aumento do descarte involuntário de matrizes

Cada falha reprodutiva representa tempo perdido, alimento desperdiçado, custo fixo sem retorno e produtividade comprometida. Por isso, investir em prevenção com base em ciência e gestão sanitária bem planejada é essencial para evitar essas perdas.

 As principais doenças reprodutivas preveníveis por vacinação

Diversas doenças que afetam a reprodução bovina podem ser prevenidas ou controladas com o uso correto de vacinas. As principais são:

  • IBR (Rinotraqueíte Infecciosa Bovina)

Causada por um herpesvírus, essa doença compromete a fertilidade por meio de infecções uterinas, morte embrionária e abortos. Vacinar as fêmeas antes da estação de monta ou da IATF é fundamental.

  • BVD (Diarreia Viral Bovina)

Altamente disseminada nos rebanhos brasileiros, essa virose tem efeitos imunosupressores e reprodutivos importantes. Pode causar desde morte embrionária precoce até o nascimento de bezerros persistentemente infectados (PI), que disseminam o vírus no rebanho por toda a vida.

  • Leptospirose

Bactéria que provoca aborto, principalmente entre o quarto e sexto mês de gestação. A transmissão é facilitada em ambientes úmidos, com presença de roedores. Rebanhos leiteiros com acesso à água ou piquetes úmidos estão especialmente vulneráveis.

  • Campilobacteriose

Transmitida principalmente por touros, essa infecção bacteriana reduz as taxas de concepção e pode causar infertilidade temporária nas fêmeas. Vacinar o rebanho, especialmente os reprodutores, é parte da estratégia de controle.

  • Brucelose

Obrigatória por lei, a vacinação com a cepa B19 deve ser feita em fêmeas de 3 a 8 meses de idade, com registro em atestado oficial. A brucelose é uma zoonose grave, com alto impacto sanitário e econômico.

Como construir um protocolo reprodutivo eficaz

A definição do protocolo deve considerar:

  • Categoria animal (novilhas, vacas em lactação, secas, touros)
  • Momento da vacinação (pré-estação, reforços anuais, primovacinação)
  • Status sanitário do rebanho
  • Tipo de reprodução (monta natural, IATF, TE)
  • Integração com o calendário geral de manejo

Um protocolo básico geralmente inclui:

  • Vacinação contra IBR, BVD e Leptospirose de 30 a 45 dias antes da IATF
  • Reforço anual para vacas e touros
  • Vacinação de fêmeas jovens contra Brucelose, conforme exigido

É essencial seguir a posologia e os intervalos recomendados pelo fabricante, respeitando a cadeia de frio e utilizando sempre agulhas limpas e em boas condições.

O papel da gestão sanitária na eficiência reprodutiva

Ter um protocolo de vacinação é só o começo. O desafio real está na execução correta, no controle rigoroso e na mensuração dos resultados. É aqui que a gestão faz toda a diferença.

Sem controle, o produtor pode:

  • Esquecer reforços vacinais
  • Aplicar a dose no período errado do ciclo reprodutivo
  • Perder registros e não identificar falhas
  • Não correlacionar falhas reprodutivas com eventos sanitários

O uso de ferramentas de gestão, como o Esteio, permite transformar o calendário sanitário em uma ferramenta estratégica, não apenas operacional.

O Esteio oferece relatórios completos da sanidade e da reprodução do rebanho, com funcionalidades como:

  • Calendário sanitário, que alerta o produtor e a equipe técnica sobre o momento certo de cada vacina
  • Registros individuais e por lote, com histórico completo por animal
  • Integração com os dados reprodutivos, permitindo análises como: “houve falhas de concepção após atraso na vacinação?”
  • Análise de custo sanitário, mostrando quanto a vacinação representa no custo total de produção
  • Gráficos e relatórios de desempenho, ajudando o produtor a tomar decisões baseadas em dados reais

Além disso, o Esteio centraliza as informações de todos os setores da fazenda, promovendo uma visão integrada entre sanidade, reprodução, nutrição e produção.

Conclusão: vacinas não são custo — são investimento com retorno certo.

Em uma pecuária cada vez mais técnica, profissional e com margens apertadas, não há espaço para perdas evitáveis. A vacinação reprodutiva é um investimento de baixo custo em comparação ao prejuízo causado por falhas na fertilidade.

Vacinar corretamente, controlar com eficiência e acompanhar os dados de perto são atitudes que colocam o produtor à frente, protegendo a saúde do rebanho e a saúde financeira da fazenda.

E com o Esteio, esse processo fica mais simples, seguro e inteligente.

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Autor:

Eduarda Viana

Zootecnista

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