Os dois tipos são muito parecidos, mas apresentam alguns pontos que devem ser observados para que o resultado final seja uma silagem de qualidade
A silagem é uma das técnicas de conservação de alimento mais utilizada pelos pecuaristas, sobretudo a silagem de milho, muito usada nos sistemas de produção mais intensivos, especialmente na pecuária leiteira. Porém, um outro tipo de silagem vem ganhando espaço nas propriedades: a silagem de grão úmido e grão reidratado.
As silagens de grãos são alimentos que possuem um teor de matéria seca muito maior do que a silagem de planta inteira, apresentando teores que variam de 60 a 85%. Apesar de muitos pensarem que grão úmido e grão reidratado são sinônimos, as duas silagens apresentam algumas diferenças no processo de ensilagem.
Na silagem de grão úmido o milho é colhido quando apresenta cerca de 35 a 40% de umidade. Nesta fase o grão possui grandes quantidades de amido, o que é altamente desejável, e a colheita antecipada permite a liberação da área para o plantio de outras culturas. Após a colheita o grão é processado e ensilado.
Já na silagem de grão reidratado, como o próprio nome sugere, adiciona-se água ao grão de milho seco, de forma a aumentar a umidade e estimular a fermentação. A vantagem da silagem de grão reidratado é que ela não é dependente da janela de colheita e nem das condições climáticas para o grão ser colhido, como acontece na silagem de grão úmido. Além disso, o produtor consegue comprar o milho em períodos estratégicos quando o cereal apresentar preços mais competitivos.
A ensilagem dos grãos proporciona o aumento na digestibilidade do amido, que fica mais disponível e facilita a ação dos microrganismos ruminais. Isso reduz perdas de energia e aumenta a eficiência alimentar, resultando em uma maior produtividade dos animais.
Foto: Marcos Neves Pereira – Canal Rural
Vantagens e desvantagens da silagem de grãos
A produção e o uso da silagem de grão úmido e/ou reidratado apresenta, como todo alimento, vantagens e desvantagens. Como vantagens destacam-se:
- Maior digestibilidade;
- Redução de perdas por roedores e insetos;
- Antecipação da colheita e liberação da área;
- Ausência de impostos e taxas pelo armazenamento do grão.
E como desvantagens:
- Não é possível comercializar;
- Podem ocorrer perdas por fungos e consequente produção de micotoxinas se houver falhas no processo de ensilagem;
- É preciso atenção na hora de fornecer aos animais para evitar desordens metabólicas como acidose ruminal. Um técnico para formular e balancear a dieta é essencial.
Não podemos esquecer que a qualidade da silagem de grão, seja úmido ou reidratado, depende da correta execução dos processos de ensilagem, como processamento do grão, correta reidratação, compactação e manejo após a abertura do silo. Contar com o auxílio de um profissional capacitado é fundamental para obter bons resultados. Pense nisso!
Embora os dois tipos sejam muito parecidos, ambos apresentam alguns pontos de atenção que devem ser bem observados para que o resultado final seja uma silagem de qualidade
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Autor:
Eduarda Viana
Zootecnista, criadora do perfil @dicasdazootecnista no Instagram.
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