As forrageiras de inverno podem ser utilizadas tanto para pastejo, quanto para o fornecimento no cocho, na forma de capim picado para complementar a dieta
Durante os meses de inverno, os desafios enfrentados pelos pecuaristas se tornam ainda mais evidentes. As pastagens diminuem sua produtividade e qualidade, deixando o rebanho com opções limitadas de alimentação.
No entanto, existe uma alternativa para essa escassez sazonal: as culturas de inverno. Essas forrageiras, plantadas especificamente para os meses frios, oferecem uma fonte nutritiva e sustentável de alimento para o rebanho, além de contribuírem para a redução do custo com alimentação na propriedade.
Diversidade de culturas de inverno
As culturas de inverno abrangem uma ampla variedade de plantas. Entre as mais comuns estão o azevém, trevo-branco, aveia, centeio e triticale. Essas plantas são conhecidas por sua capacidade de resistir ao frio e proporcionar uma fonte de alimentação rica em nutrientes durante os meses mais frios do ano.
As culturas de inverno oferecem uma composição nutricional muito boa para o rebanho. Elas são ricas em proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais essenciais para a saúde e o crescimento dos animais. Além disso, essas forrageiras geralmente possuem um perfil de fibra adequado, o que promove uma digestão saudável e melhora da saúde ruminal.
Alguns cuidados
As forrageiras de inverno, como as gramíneas temperadas, requerem um manejo cuidadoso do solo devido à sua maior exigência em fertilidade em comparação com as gramíneas tropicais. Além disso, essas forrageiras dependem significativamente da umidade do solo, o que as torna mais adequadas para regiões com invernos chuvosos, como o Sul do país. No entanto, propriedades localizadas nas regiões sudeste e centro-oeste também podem cultivá-las com sucesso, desde que disponham de sistemas de irrigação adequados, já que o inverno nessas áreas tende a ser mais seco.
As pastagens de inverno também são amplamente empregadas por meio da técnica de sobressemeadura, a qual possibilita o estabelecimento de uma cultura em áreas já ocupadas por outra cultura. Nesse método, as espécies de inverno são semeadas sobre uma área de forrageiras tropicais, que, no período de abril a setembro, reduzem sua resposta à umidade e temperatura, deixando de competir com as forrageiras de inverno. Isso viabiliza o desenvolvimento e estabelecimento das pastagens de inverno na área.
As forrageiras de inverno podem ser utilizadas tanto para pastejo, quanto para o fornecimento no cocho, na forma de capim picado para complementar a dieta.
Antes de decidir pela adoção de pastagens de inverno, o produtor deve realizar uma análise minuciosa das condições climáticas em sua propriedade, planejar cuidadosamente cada etapa do processo, selecionar adequadamente as espécies a serem implantadas e executar os manejos necessários para garantir o sucesso da implantação.
Deseja receber e ler conteúdos exclusivos como esse em primeira mão?
Participe do nosso grupo de WhatsApp do Esteio Gestão.
Clique aqui e abra a porteira do conhecimento!
Ao clicar no link para ingressar em nosso grupo de WhatsApp, você está concordando em compartilhar seu contato para fins exclusivos de comunicação relacionada ao grupo, conforme autorizado pela Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018). Seu número será tratado com segurança e privacidade, em total conformidade com a legislação.
Autor:
Eduarda Viana
Zootecnista
Ficou curioso e quer aprender mais sobre pecuária?
Leia mais em: https://esteiogestao.com.br/blog/
Use um sistema que te permite acessar as informações a qualquer momento e em qualquer lugar.
Você é produtor e quer gerenciar o seu negócio de forma prática e rápida? Conheça as nossas soluções agropecuárias em: https://esteiogestao.com.br/produtos-servicos
Nos acompanhe nas redes sociais e fique por dentro de todas as novidades.
